quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Análise do primeiro ano do Papa Francisco


Entrevista com Leonardo Boff publicada no sábado, 14 de dezembro de 2013, em IHU - Instituto Humanitas Unisinos: humanitas@unisinos.br  
A ternura e a inteligência juntas são armas muito dissuasivas. Escutando o teólogo brasileiro Leonardo Boff se entende rapidamente por que seu amigo Joseph Ratzinger o afastou da igreja quando foi publicado um dos livros fundadores da Teologia da Libertação escritos por Boff, “Igreja, carisma e poder”. Muito antes de ser papa, Ratzinger foi amigo de Leonardo Boff, mas quando o severo teólogo alemão começou a subir a escadaria do poder no Vaticano não duvidou em levantar a mão para fazer Leonardo Boff sentar no mesmo banco onde, muitos séculos antes, a Santa Sé julgou Galileu Galilei. Leonardo Boff pagou o tributo por suas ideias.
Perdeu o direito de exercer o sacerdócio. Passaram-se muitos anos e muitos combates e Leonardo Boff não perdeu um centímetro dessa inteligência que evolve as coisas em uma mesca de racionalidade e revelação juvenil.
A paisagem que rodeia sua casa de Petrópolis é idílica, frondosa e absorvente como as ideias que este intelectual de 75 anos vai expondo com o frescor de um adolescente. Sob o título “o papa do povo”, a revista Times escolheu o papa Francisco como a personalidade do ano. “O que faz este Papa tão importante é a rapidez com que capturou a esperança de milhões de pessoas que haviam abandonado toda esperança na Igreja”, escreve a Times. Leonardo Boff não está longe de pensar o mesmo. Chega ao fim o ano da eleição de Bergoglio como primeiro papa não europeu da história.
Nesta entrevista à Carta Maior, Leonardo Boff faz um lúcido balanço das esperanças suscitadas por Francisco, das perspectivas de transformação que se levantam no horizonte, dos atos já cumpridos e dos que virão. O teólogo brasileiro está convencido de que, com Francisco, chegou muito mais que um homem vindo de longe: com ele chegou ao Vaticano outra filosofia de vida, de política, outra prática pastoral, outra sociologia e outro cristianismo inspirados nas raízes do continente.

 A entrevista foi publicada pelo portal Carta Maior, 12-12-13.

Eis a entrevista.
Passam os meses e, da sua maneira sempre renovada, o papa Francisco segue proporcionando surpresas. Como você analisa este momento particular do catolicismo através de uma figura que está deslocando quase todos os centros de gravidade do Vaticano?

Estamos em uma situação totalmente nova. Nós viemos de um inverno muito duro e rigoroso, com João Paulo II e Bento XVI. Agora sentimos a primavera com suas flores e frutos. Francisco é um papa que surpreende, que a cada dia inventa coisas novas. É a primeira vez que um papa não vem da velha cristandade europeia, mas sim da periferia, ou seja, da América Latina. As igrejas da América Latina eram igrejas espelho, enquanto as da Europa eram igrejas fonte. Agora, depois de 500 anos, nossas igrejas se converteram em igrejas fonte. Nossas igrejas têm suas tradições, suas reflexões, suas liturgias, criaram um estilo de cristianismo ligado à libertação, ao compromisso social. Deste caldo, espiritual, político e religioso veio o papa Francisco.
O novo papa tem outro tipo de mensagem, não é o velho cristianismo, doutrinário, disciplinar. Trata-se de um cristianismo de profunda comunhão com todas as pessoas, livre de doutrinas castradoras, com uma mensagem baseada na simplicidade e na pobreza. Isso é inédito na história do papado. É preciso levar em conta que só 24% doscristãos estão na Europa; 62% estão na América Latina e os demais na Ásia e na África. Isso significa que, hoje, o cristianismo é uma religião de Terceiro Mundo. Teve suas raízes no primeiro mundo, mas isso já passou.
Francisco está muito consciente desse fato. Por isso tem a fantasia criadora e é capaz de dizer “é preciso mudar”. Eu acredito muito em sua fantasia, em sua liberdade, em seu coração e liberdade espiritual. A igreja necessita de coração, não de poder. Onde há poder não há amor nem compaixão. Francisco tem amor e compaixão. Eu não quero saber nada de poder, nem de tradições.

Para você, então, Francisco é um papa de combate?

Creio que Francisco combina duas coisas: a ternura de Francisco e o rigor do jesuíta. É franciscano na forma humilde de viver, popular, mas é um jesuíta da racionalidade moderna, analisa os fenômenos, identifica a causa principal e, quando descobre, intervém com muita determinação. Creio que o papa é uma feliz combinação entre ternura e vigor. É disso que precisamos hoje na igreja. Para fora é um pastor, para dentro é muito rigoroso.
Quando esteve no Rio de Janeiro, o discurso mais duro que pronunciou foi para os bispos e cardeais. Disse a eles que não eram pobres nem interiormente, nem exteriormente, que eram duros com o povo e que não foram capazes de fazer a revolução da ternura, da compaixão, da compreensão com o povo. Em Roma disse o mesmo: os ministros da igreja têm que sair da fortaleza e ir para o povo e o povo deve poder vir e sentir-se em casa. A igreja não está aí para condenar ninguém, mas sim para acolher, perdoar, suscitar esperanças e ter compaixão com quem tem problemas. Essa é a característica mais bela e evangélica de Francisco.

Você acredita que Francisco pode realmente reformar a igreja?

Eu acredito que Francisco, antes de reformar a cúria e a igreja, já reformou o papado. O estilo do papa é outro. O papado tem um ritual, nas vestimentas, nos símbolos do poder. Francisco renunciou a tudo isso e fez o trabalho contrário: conseguiu que o papado se adaptasse a suas convicções e a seus hábitos. Por isso renunciou a todos os símbolos de poder. Ele disse: “a igreja tem que ser pobre como Jesus”. São Pedro não tinha um banco e Jesus não entendia nada de contabilidade! Jesus era um profeta que trazia fé, esperanças. Francisco resgata a tradição mais antiga da igreja e recusa chamar-se papa. Papa é um título dos imperadores. Francisco se considera um bispo de Roma que governa a igreja na caridade, não no direito canônico. Isso muda tudo.
Francisco é mais que um nome: é um projeto de igreja, de uma sociedade mais simples, solidária, é o projeto de uma simplicidade voluntária, de uma sobriedade compartilhada. Possivelmente isso vá criar uma crise entre os bispos e cardeais. Eles se acreditam príncipes da igreja e o papa não quer nada disso. Francisco quer que se renove o pacto das catacumbas quando, ao final do Vaticano segundo, 30 bispos se reuniram nas catacumbas e fizeram votos de viver na pobreza, de abandonar os palácios e viver no meio do povo. Essa é a proposta para toda a hierarquia da igreja. Essa será, para mim, a grande revolução de Francisco.

Com que forças Francisco poderá contar para mudar as más tendências profundas da igreja? Por enquanto temos ouvido uma mensagem pastoral muito entusiasta, mas para chegar à transformação completa há um grande passo. Por acaso se apoiará na teologia da libertação, tão reprimida por João Paulo II e Bento XVI?

É um papa muito inteligente. Francisco criticou muito os conservadores. No dia 11 de setembro aceitou encontrar-se com Gustavo Gutiérrez (o outro inspirador da teologia da libertação). Isso me parece muito importante para apoiar essa teologia que é, além disso, de certa forma, o lugar de onde ele vem. A Argentina tem uma teologia da libertação própria, que é a teologia da cultura popular. Francisco se apoiou nesta teologia que se diferencia da teologia da libertação comum porque não trabalha em torno do conflito de classe, mas sim em torno da cultura dominante e da cultura dominada, da cultura do silêncio que precisa ser liberada.
Ele está nesta linha. Daí vem a sua novidade.
Ele já escolheu oito cardeais de todo o mundo para criar uma instância de decisão. Seria fantástico se Francisco convidasse mulheres para dirigir os destinos da igreja na perspectiva da globalização. Até hoje, o cristianismo era algo ocidental que foi se convertendo em algo cada vez mais acidental. Ele precisa ser globalizado. Para ser global tem que ter outras dimensões. A igreja não encontrou seu lugar na globalização. Ela é muito romanizada, eurocêntrica. Mas Francisco tem a visão do jesuíta São Francisco Xavier, missionário na China, segundo a qual a igreja precisa sair para o mundo.
Para mim a melhor maneira é criar uma rede de igrejas e comunidades que se encarnam nas culturas e tem rostos chineses, japoneses, africanos, latino-americanos. É outro tipo de presença da igreja, não como poder, mas sim como uma instância de apoio a tudo o que é humano. O cristianismo se soma a outras religiões, a outros caminhos espirituais e renuncia assim a seu privilégio de excepcionalidade, como se fosse a única igreja verdadeira, a única religião válida. Não. O cristianismo está junto às demais religiões para alimentar valores humanos, para salvar a nossa civilização que está ameaçada.

No entanto, o discurso tradicional do Vaticano ainda se mantém.

Sim, eu creio que ele seguirá mantendo o discurso tradicional de defesa da vida, contra o aborto, mas com uma diferença: antes, os temas da moral sexual, familiar, do celibato dos sacerdotes ou do sacerdócio das mulheres, eram temas proibidos, que não podiam ser discutidos. Nenhum cardeal, bispo ou teólogo podia falar disso. Francisco não, ele deixou aberta a discussão. Ele vai abrir uma ampla discussão na igreja e vai recolher elementos que podem se tornar universais.
Francisco abriu muitos espaços. Não sei até que ponto poderá avançar com isso, mas haverá sim uma ampla discussão na igreja. Possivelmente consiga permitir que as igrejas locais, por exemplo, na África, onde há outras culturas tribais, outra relação com a sexualidade possa atuar de outra forma ante a utopia cristã, uma forma que não seja só a ocidental.
Hoje temos uma só maneira de ser cristão, mas há outras. Na América Latina estamos demonstrando que é possível um cristianismo afro-indígena-europeu, uma mescla de três grandes culturas. Por isso aqui a igreja tem outro rosto, é mais aberta, mais comprometida com as mudanças que beneficiam o povo. Temos que universalizar isso, porque a injustiça mundial é muito grande. E este papa é muito sensível ante os últimos, os invisíveis. Aí está sua centralidade.

Já se passou certo tempo da renúncia do papa Bento XVI. Esse fato foi um enorme terremoto para os católicos do mundo. Qual é hoje sua análise sobre esse momento de fratura sem o qual o para Francisco não teria chegado ao trono de Pedro?

Eu creio que, quando Bento XVI leu o informe de mais de 300 páginas sobre a situação interna da igreja, seja o que concernia aos problemas do Banco do Vaticano, seja os escândalos sexuais que implicavam bispos e cardeais, creio que isso o abalou profundamente. Bento XVI sentiu que não tinha força nem física, nem psíquica, nem espiritual, para enfrentar um problema dessa natureza. Esse problema não vinha de fora, do mundo, da sociedade, não: o problema vinha de dentro da igreja, de sua parte mais central que é a cúria romana. Isso o escandalizou.
Bento XVI foi muito humilde ao reconhecer que outra pessoa deveria vir com mais força, com mais determinação e outra visão da igreja para criar um horizonte de esperanças e credibilidade que a igreja havia perdido totalmente.
O Banco do Vaticano e todos os escândalos ligados a ele foi um dos desencadeadores da renúncia de Bento XVI. Assim que assumiu, as primeiras medidas do Papa Francisco tiveram a ver com o banco. Você acredita que ele poderá levar a cabo a reforma final desta instituição financeira comprometida com a máfia e a circulação de dinheiro opaco?
No Banco do Vaticano há muito dinheiro da máfia, apoiada e comprometida com altas figuras da Cúria romana. Neste sentido, há um risco que pesa sobre o papa.
Quando a máfia se sente agredida, é capaz de cometer crimes, de eliminar pessoas. Por isso, é muito inteligente que o papa não viva nos apartamentos pontificais, mas sim em uma casa de hóspedes. É muito inteligente também que não coma sozinho, mas sempre com muitas pessoas. Francisco disse brincando que assim era mais difícil envenená-lo. Mas, para além disso, creio que Francisco vá inaugurar uma dinastia de papas do Terceiro Mundo, da África, da Ásia, da América Latina. Com isso, o catolicismo se enriquecerá com valores de outras culturas que nunca foram respeitadas, mas sim colonizadas.
O cristianismo da América Latina é um cristianismo de colonização. Fizemos muitos esforços para criar um cristianismo nosso, com nossos santos, nossos mártires.
Nosso cristianismo tem seu próprio rosto, que não é o velho rosto europeu. Isso vai facilitar que o cristianismo seja uma boa proposta para a humanidade, não somente para os cristãos. Nosso cristianismo tem outro elemento de ética, de humanidade, de espiritualidade para um mundo altamente materializado, tecnologicamente sofisticado. Francisco encarna esse contraponto, essa dimensão.
Sua proposta tem futuro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Morreu o ex-presidente sul-africano aos 95 anos de idade.

Nelson Mandela, símbolo da luta pela democracia. 
Nelson Mandela (© Reuters)
 
"Durante a minha vida me dediquei a esta luta dos povos africanos. Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Tenho acalentado o ideal de uma sociedade democrática e livre em que todas as pessoas viverão juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver. Mas, meu senhor, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer" Nelson Mandela

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

VIII ENEJAC:

AGUARDE  INFORMAÇÕES SOBRE O VIII ENEJAC.
ATÉ O FINAL DE JANEIRO/2014 VOCÊ RECEBERÁ UM COMUNICADO  COM UMA PROPOSTA DE REALIZAÇÃO DO REFERIDO EVENTO EM NATAL.
GOSTARÍAMOS QUE CONFIRMASSSE O SEUS E-MAIL PARA FUTURAS COMUNICAÇÕES.  
GOSTARÍAMOS, TAMBÉM, QUE NOS ENVIASSE E-MAILS DE OUTROS EX-JACISTAS DA SUA CIDADE, DIOCESE OU ESTADO PARA QUE RECEBAM AS PRÓXIMAS INFORMAÇÕES SOBRE O VIII ENEJAC!
 
UM FELIZ NATAL!
JOSÉ ALAÍ

Confraternização Natalina do Grupo de Ex-Jacistas do Rio Grande do Norte

Fotos da Confraternização  Natalina do Grupo de Ex-Jacista do Rio Grande do Norte, realizada no dia 03 de dezembro de 2013, na casa de praia de Deda e Socorro em Pirangi do Norte. Foi um dia com momentos de reflexão sobre o sentido do Natal e muita descontração pelas conversas espontâneas, pelo almoço compartilhado e descoberta dos amigos secretos com a troca de presentes.
O grupo era composto por Deda, Socorro Morais, Socorro Marques, Anália, Zé Alaí, Alice, Zé Antônio, Minervina, Salete, Zélia, Lindalva, Dalva, Clarice, Edivânia e Chica Urbano.
 








 






 

FRASES SOBRE O NATAL


Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito. Oren Arnold

Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano. Adriana Falcão

Me perguntaram para que um ateu comemora o Natal. Ora,pelo mesmo motivo dos cristãos. Para comer,beber e ficar batendo papo depois da meia noite. .Marcelo Maia do Bairro Viena

Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal..
Leticia correa

Faça você mesmo o Natal acontecer, empregando as maiores ferramentas do ser humano em desuso – AMOR E PAZ.Erasmo Shallkytton

Natal,
Nesta época há algo diferente na humanidade, em todo mundo, em todos os lugares, As pessoas ficam mais solidárias, mais humanas, mais presentes! por que será?
Acredito, que isto tenha haver, com uma mangedoura em Belém, um menino pobre, um homen sábio, O Filho de Deus!
professor Samuel melo

A essência do costume (de dar presentes de Natal) é que agora eu tenho que sair e adquirir um presente de valor equivalente que representa o mesmo nível de amizade representado pelo presente que você me deu. Não é de estranhar que as taxas de suicídio aumentam nessa época do ano.Sheldon Cooper

Natal não são as luzes lá fora, mas a Luz que brilha em seu coração... Feliz Aniversário, Senhor!Daniela Raffo

No natal procuremos esquecer as mágoas, as ambições, o ódio, a inveja, a arrogância e as injustiças, levando em conta que podemos crescer na imagem do filho do homem, amando a si e aos outros sem distinções.Erasmo Shallkytton

Natal é uma data engraçada, você gasta mais do que tem, compra mais do que pode e da mais do que recebe.Daniele Gonçalves

Que a alegria de seu Natal não seja apenas a festa e suas roupas novas. Que esse natal seja para todos motivo de amor, partilha e união.Claudiney Ribeiro

Natal não é magia nem mística, é a Magnitude de Deus suprindo a necessidade humana de Amor e Vida em Abundância!Mariângela Anelli

O natal para os mais pobres é apenas mais uma oportunidade de ter o que comer.Rodrigo SchivinskiGislaine Schineider- Jornalista

 

A gente não precisa esperar todas aquelas coisas de natal, ano novo e pá, pra começar a pensar na vida, pra começar a tentar mudar, porque, afinal, nossa chance de recomeçar, não é no início de cada ano, é no início de cada dia,  Suyanne Santana

No natal o sorriso é espontâneo, radiante iluminado, destes que no dia-a-dia fica guardado e no natal é escancarado,o abraço é forte, fraterno, protetor
de uma delicadeza e um vigor transmitindo todo o amor.
Inoema Nunes Jahnke

FELIZ NATAL as vezes parece um pouco vago, mas se este desejo significar mais humanidade, paz de espírito, solidariedade e a busca por relações mais puras e respeitosas... Desejo a todos! Bruna Pilatti

O natal é fascinante e ao mesmo tempo deprimente, é um misto. Há sempre um lugar na mesa que irá faltar.Samea Romero

O natal é mais do comércio do que dos cristãos que querem celebrar a data.Samea Romero

A única coisa ruim do natal é que você come, come, come, quer comer mais e não da conta.Millena Gabrielle

O Natal está chegando.
Um ano novo também. Eu preciso tanto ter mais paz, preciso ser mais feliz.
Você também, tenho certeza.
Então bora pensar positivo, deixar cair máscaras, apagar as mágoas e sentir algo novo.
Eu sigo em frente, sou valente!
Márcia Paula Vaz

Então é Natal..
E o que você Fez?
O Ano termina e começa outra vez...

Daqui a pouco será Natal, qual seria o seu melhor presente?Gil Nunes

"Feliz Natal" para todos os meus amigos, colegas, conhecido e inimigos!Wender Horde

O lado bom do Natal é que toca o coração das pessoas para que elas façam o que deviam fazer o ano todo. Se preocupar com os menos favorecidos.Cristian Julberto

Natal e Ano Novo é época
de confraternização, de estendermos as mãos.
Será por isso que porteiros, garis, carteiros,
garçons, guardadores de carros estendem
as mãos quando passamos?
Horlando Halergia

 

 

 

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Críticas ao capitalismo e abertura para reforma da Igreja marcam documento totalmente escrito por Francisco

O papa Francisco divulgou nesta terça-feira sua Exortação Apostólica, primeiro documento escrito totalmente por ele. Cópias do documento, chamado Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), foram distribuídas hoje pelo Vaticano. No texto, Francisco ressaltou a necessidade de uma profunda reforma na Igreja, que precisa "sujar as mãos" na busca dos pobres e oprimidos.
AP
Papa Francisco durante a celebração na cidade do Vaticano (23/11)
Além disso, o Papa fez duras críticas ao sistema econômico mundial, ao atacar a "idolatria ao dinheiro" e implorar aos políticos que garantam a todos os cidadãos "trabalho, atendimento de saúde e educação dignos". Ele também pediu às pessoas ricas que compartilhem sua riqueza.
"Do mesmo modo como o mandamento ‘Não matarás' estabelece um claro limite para salvaguardar o valor da vida humana, hoje nós também temos de dizer "Não deves" para uma economia de exclusão e desigualdade. Tal tipo de economia mata", escreveu Francisco no documento divulgado nesta terça-feira.
"Como pode ser que não seja assunto para notícia quando uma pessoa sem teto morre por abandono às intempéries, mas é notícia quando o mercado de ações perde 2 pontos?".
Francisco disse que está "aberto a sugestões" para transformar o poder sobre o papado. Ao defender uma reestrutução, Francisco disse que a instituição precisa ser transformada para criar uma igreja mais missionária e misericordiosa, que "suje as mãos" enquanto busca aos pobres e oprimidos."Eu prefiro uma Igreja que esteja machucada, ferida e suja porque tem saído às ruas do que uma Igreja doente por estar confinada e se agarrar à própria segurança", escreveu. No documento, o papa redigiu as prioridades da Igreja após oito meses de homilías, discursos e entrevistas.
Francisco criticou ainda a "obsessão" da Igreja em transmitir uma série doutrinas morais, quando a "hierarquia da verdade" é composta pela misericórdia profunda e moderação. Para ele, esses seriam os pontos que atraem os fieis à vida religiosa.
O pontífice continuou as críticas dizendo que se alguns "costumes históricos" poderiam ser colocados de lado se eles não servirem mais para comunicar a fé. Citando São Agostinho e São Tomás de Aquino, o pontícife ressaltou a necessidade de moderação nas normas para "não sobrecarregar a vida dos fiéis"
Ainda no texto, Francisco redefiniu a posição da Igreja contrária ao aborto, deixando claro que esta se tratava de uma doutrina inegociável e que estaria no centro da insistência da Igreja sobre a dignidade de cada ser humano.
O documento é o segundo documento emitido por Francisco, mas é o primeiro totalmente escrito por ele. A encíclica "A Luz da Fé", divulgada em julho, foi escrito quase inteiramente pelo papa emérito Bento XVI , antes de sua renúncia.
*com BBC e Reuters