sábado, 24 de outubro de 2009

ATEUS BATEM NA PORTA DAS RELIGIÕES - Artigo de Leonardo Boff, Teólogo e professor

Adital - Se há alguém que nos pode relatar com seriedade o estado da vida na Terra, especialmente, na perspectiva do aquecimento global, esse é Edward O. Wilson (*1929), um dos maiores biólogos vivos, introdutor da palavra biodiversidade. Seu livro A criação. Como salvar a vida na Terra (Companhia das Letras, 2008) representa um apelo preocupado, diria, até desesperado para que façamos esforços ingentes ecoletivos para sairmos da crise que nós próprios criamos. A Terra, em sua longa história, conheceu 5 grandes dizimações, a última no final da Era Mesozóica (dos répteis), há 65 milhões de anos, na qual todos os dinossauros desapareceram. Deu lugar à Era Cenozóica (a nossa, dos mamíferos). Entre uma dizimação e outra, a Terra precisou de dez milhões de anos para se auto-regenerar. Segundo Wilson, nos últimos séculos, os seres humanos, no seu afã de construir bem estar e de se enriquecer, exploraram de forma tão persistente e sistemática o planeta Terra, que começou, como conseqüência, a sexta extinção em massa. Abstraindo dos meteoros rasantes que devastaram o planeta mais ou menos a cada cem milhões de anos, a Terra nunca conheceu um ataque tão poderoso como o que está ocorrendo atualmente. Diz-nos Wilson: "no momento, a taxa global de extinção das espécies supera o nascimento de novas espécies numa proporção de pelo menos cem por um e logo vai aumentar para dez vezes mais do que isso"(p.98). O causador desta devastação é o ser humano que se transformou numa verdadeira força geofísica destruidora: alterou a atmosfera e o clima da Terra, difundiu milhares de substâncias químicas tóxicas pelo mundo inteiro, represou quase todos os rios, transformou quase todas as terras em aráveis estando hoje vastamente desertificadas e nos encontramos perto de esgotar a água potável. Sabemos que é a biodiversidade, especialmente, dos microorganismos,bactérias, fungos, pequenos invertebrados e insetos que garante as condições para que nossa vida humana possa continuar. Nós dependemos totalmente deles. A continuar nossa prática biocida, a partir dos meados deste século,começará a dizimação de nossa própria espécie. Ela não estará na lista das condenadas à extinção? Desta vez não dá para esperar dez milhões de anos para a Terra recuperar seu equilíbrio perdido. Nós temos que ajudá-la, do contrário, Gaia nos expulsará como um corpo letal. É neste contexto que Wilson propõe Uma Aliança pela Vida. Convoca as duas forças que para ele são as mais poderosas do mundo: a ciência e a religião. Seu livro é na verdade uma carta aberta a um pastor evangélico, convidando-o a somar forças, a desmontar preconceitos, a construir valores que possam salvar a vida. Wilson se confessa um não crente, digamos um ateu, mas que fala sempre com reverência de Deus. Vai bater na porta da Igreja para pedir socorro. Diante de um perigo global, anulam-se as diferenças. Desta vez crente e não crente terão o mesmo destino. Mas ambos podem trabalhar juntos porque"os que hoje vivem na Terra têm de vencer a corrida contra a extinção das espécies, ou então serão derrotados - derrotados para sempre; eles conquistarão honrarias eternas ou o desprezo eterno"(p.115). Ciência e religião devem mudar. A ciência até hoje não respeitou a alteridade dos seres. Colocou-se acima, dominando-os. A religião não se livrou ainda de seu fundamentalismo na leitura dos textos sagrados. Mantendo sua fé, pode reconhecer a evolução das espécies.. Ela contribui com a reverência diante da grandeza do universo e com respeito diante de todas as formas de vida. Essa atitude converte o poder em proteção e cuidado. Essa aliança sagrada poderá salvar a vida ameaçada.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

INTERAGINDO - E-MAIL RECEBIDO DE FRANCISCO LÚCIO

Zé,
Recebi seu e-mail informando sobre o encontro de Fortaleza para o inicio da preparação do VI ENEJAC que será em Fortaleza, CE. Também entrei no Blog do ENEJAC para vê as mensagens. Que trabalho fascinante este que você tem realizado meu amigo. O BLOG está bem feito, bem apresentado e bem tudo. É notável sua capacidade de organizar e apresentar informações. Gostaria, se possível, que você através desse seu trabalho, ou seja, pelo BLOG do ENEJAC levasse minha mensagem a todos que fizeram e ainda fazem este trabalho de promoção humana tão elugiavel do qual tive honrosa oportunidade de participar através da Paróquia de São Paulo do Potengi e em Natal no Rio Grande do Norte e no Regional, com Dom Helder Câmara e Dom Lamartine Júnior, em Recife/PE.
Meu abraço fraterno a todos os Ex-jacistas de todo Brasil.
Chico Lúcio
Recife/PE


Obrigado Chico Lúcio, pelo seu e-mail contendo palavras de estímulo ao trabalho que vem sendo realizado. O ENEJAC - Encontro Nacional de Ex-Jacistas se consolidou como um evento que, pelo menos, a cada dois anos, oportuniza aos ex-jacistas de todo o Brasil, se reencontrarem,fortalecendo as amizades e proporcionando o estudo de um terma da atualidade e do interesse de todos. Esperamos contar com a sua participação no VI ENEJAC.
Um abraço,
Zé Alaí
Natal/RN

domingo, 11 de outubro de 2009

ENCONTRO PREPARATÓRIO DO VI ENEJAC

Nos dias 09 e 10 de outubro de 2009 a Equipe de Coordenação Interestadual do VI ENEJAC – Encontro Nacional de Ex-jacistas, composta por: Maria Barbosa e Valcíria, do Ceará; José Alaí e Eridante, do Rio Grande do Norte; Margot e João Camilo, da Paraíba e, Ignácia e Cleonice (Nicinha) de Pernambuco esteve reunida em Fortaleza/CE, com o objetivo de definir o conteúdo e a programação do referido evento. O encontro foi realizado no Hotel/Resort Porto D’Aldeia, a 25 quilômetros de Fortaleza/CE, local escolhido para a realização do próximo ENEJAC e, contou, também, com as presenças do Padre Flávio Lima, Maria da Paz, Rosamaria e Joaquim Rocha, todos de Fortaleza.
O ano de 2010 foi escolhido pela Assembléia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional da Biodiversidade, ocasião em que será realçada a importância vital que a biodiversidade tem para a qualidade de vida e para a sobrevivência do planeta e, ao mesmo tempo, serão avaliados os impactos do progresso na redução da taxa de perda da biodiversidade a nível global.
Associando-se ao espírito do Ano Internacional da Biodiversidade, o próximo Encontro Nacional de Ex-jacistas terá como tema: Produção Sustentável X Consumo Consciente - Atitudes permanentes de cidadania em defesa da Biodiversidade.
O VI ENEJAC será realizado de 07 a 12 de setembro de 2010 e terá como objetivos:
1) Contribuir para uma reflexão sobre as necessidades, práticas e impactos da produção e do consumo na qualidade de vida e no meio ambiente;
2) Estimular práticas permanentes de cidadania, adotando valores e princípios que guiem as escolhas, hábitos e formas de produção e consumo sustentável.

Nos próximos dias será expedida uma carta-circular a todos os ex-jacistas do Brasil com o detalhamento da programação, informações sobre o local e condições de hospedagem.
Vejam a seguir fotos da Equipe de Coordenação do VI ENEJAC e do encontro preparatório.
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O Porto d'Aldeia Resort, local onde será realizado o VI ENEJAC, além das suas confortáveis acomodações e complexo para a realização de eventos, possui uma excelente infra-estrutura com várias opções de lazer: campo de futebol, quadras de tênis e de vôllei, sala de ginástica, sauna, parque aquático com toboáguas, loja de conveniência e artesanato. Está localizado a 25 quilômetos de Fortaleza, numa área com vários atrativos turísiticos e opções de transporte para o centro da capital cearence. Vejam a seguir fotos do hotel.
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Porto d'Aldeia Resort - www.portodaldeia.com.br

REUNIÃO DE EX-JACISTAS DO CEARÁ

Na tarde de 10 de outubro de 2009, após o Encontro Preparatório do VI ENEJAC, a Equipe de Coordenação Interestadual do referido evento reuniu-se com um grupo de ex-jaciastas do Ceará, na casa de Carmosita, em Fortaleza. Além dos ex-jacistas que se reúnem mensalmente, estiveram presentes: José Cordeiro, Francisco Faustino, Raimundo Oscar, José Bezerra (Zezito) e Francisco Aneilton. Além da satisfação pelo reencontro entre os ex-jacistas cearences, norte-rio-grandenses, paraibanos e pernambucanos, houve uma breve exposição sobre os objetivos e a programação do VI ENEJAC e, em seguida, Carmosita ofereceu um lanche com comidas típicas do Ceará, além de um bolo para Margot (da Paraíba) que estava aniversariando.
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