sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


E-MAIL ENVIADO A IGNÁCIA MARIA LAVAREDA, PELO PADRE JOSEPH SERVAT, POR OCASIÃO DA REALIZAÇÃO DO V ENEJAC REALIZADO EM NOVEMBRO DE 2008

Prezados(as) amigos(as) animadores da JAC do Brasil
Estou muito feliz em saber que apesar dos anos e das enfermidades estão se encontrando em Itamaracá (PE). Não podiam encontrar lugar melhor. Na ilha, conheci bastante a beleza das praias, a paisagem encantadora, o azul do mar e ass lembranças das lutas coloniais. Tudo chama para sonhar, repousar-se e amar. Esse paraíso na natureza pode muito bem favorecer a reflexão e a oração. Tantas vezes experimentei.
Quero dizer a minha saudade incurável do Brasil, de vocês todos, amigos de luta, que conheci em diversos encontros no meu tempo da terra de Santa Cruz. Apesar do peso dos anos (86), e de muito cansaço, tento continuar numa Igreja francesa bem adormecida o que descobrimos do norte ao sul do gigante Brasileiro. Continuem nessa terra que é sua, num Brasil que se torna esperança do mundo e da Igreja o que tentamos fazer em tempos passados. Não podem parar e que não devem parar. Vocês batizados(as), membros e irmãos de Cristo, não podem parar porque as suas responsabilidades são imensas. Despertem filhos e filhas para que a luta continue.
Apesar de alguns progressos, o povo brasileiro não foi ainda libertado da sus pobreza e de tantas injustiças que marcaram sua história. Campo e cidade precisam ser evangelizados em profundidade, vocês não assumiram bastante o seu papel na família, na sociedade, nas diversas associações, sobretudo numa política realmente transformadora. O que dizer da Igreja? Qual o papel de vocês leigos numa igreja universal que sempre mais fica nas mãos do clero e da hierarquia. Os leigos obedecem e executam, nunca pensam para decidir. Vejam quantos jovens, sobretudo no Nordeste têm possibilidades de se preparar para uma vida plenamente humana, com emprego certo, saúde assistida, possibilidade de criar uma família bem educada, escola e cultura para todos, uma fé que liberte e valorize os talentos de cada um.
Gostaria de estar com vocês: viver, pensar, brincar, estudando, meditando e rezando. Tomando banho nesse mar encantado, descansando debaixo dos coqueiros. De Toulouse na França, terrra dos Airbus e da Ariane, não viajei mais, esperando o Grande Encontro com Deus que nos lembra a festa de Todos os Santos e o dia dos defuntos. Estou rezando com vocês.
Com a minha amizade
Pe. Joseph Servat

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E-MAIL ENVIADO POR DORA MILICICH - CAXIAS DO SUL/RS

Texto do João Pedro, membro da Coordenação do MST e da Via Campesina, publicado na revista Caros Amigos
A CRISE SERÁ PROFUNDA E PROLONGADA.

Passaram-se alguns meses do desencadear da crise do capitalismo a nível internacional, tendo seu epicentro no capital financeiro e na economia dos Estados Unidos. Agora já temos mais elementos para compreender de que ela será prolongada, profunda e atingirá a todas economias periféricas. Inclusive o Brasil. Muitas análises já se publicaram na academia e nos meios de comunicação. Há posições de todas as matizes e correntes ideológicas. E todas convergem no diagnóstico. É uma crise profunda, pior do que a crise de 29. Atingirá a toda economia mundial, cada vez mais internacionalizada e controlada por menos de 500 empresas. Será pior, por que combina uma crise econômica, financeira (de credibilidade das moedas), ambiental, ideológica, pela falência do neoliberalismo, e política, pela falta de alternativas apresentadas pela classe dominante, no centro ou pelos governos da periferia. Na história das crises do capitalismo, as classes dominantes, proprietárias do capital, e seus governos , adotaram um mesmo receituário para sair delas. Primeiro, precisam destruir parte do capital (super-acumulado e sem demanda) para abrir espaço a outro processo de acumulação. Nos últimos meses já foram torrados mais de 4 trilhões de dólares, em papel moeda.Segundo, apelam para as guerras. Como forma de destruir mercadorias (armas, munições, bens materiais, instalações) e como forma de eliminar a tensão social dos trabalhadores. E, de certa forma eliminam também o exercito industrial de reserva. Foi assim, na primeira e a segunda guerra mundial. E depois na guerra fria. Agora, com medo da bomba atômica, estimulam conflitos regionais. Os ataques de Israel ao povo palestino, as provocações na Índia, as ameaças ao Iran, estão dentro dessa estratégia, também. Aumentar os gastos militares e a destruição de bens.Terceiro. Aumentar a exploração dos trabalhadores. Ou seja, nas crises, baixam os salários médios, rebaixam as condições de vida e por tanto de reprodução da força de trabalho, para recuperar as taxas de mais-valia e de acumulação. Daí também, o desemprego ampliado, que mantêm multidões sobrevivendo apenas com cestas básicas, etc.. Quarto: Há uma maior transferência de capital da periferia para o centro do sistema. Isso é feito pela transferência direta das empresas para suas matrizes. Através da manipulação da taxa de cambio do dólar, do pagamento de juros e da manipulação de preços das mercadorias vendidas e compradas na periferia.Quinto. O capital volta a usar o estado, como o gestor da poupança da população para deslocar esses recursos em beneficio do capital. Por tanto, os capitalistas voltam a valorizar o estado, não como zelador dos interesses da sociedade. Mas como capataz do seus interesses , para usar o poder compulsório e assim recolher o dinheiro de todo mundo, através de impostos e da poupança depositada nos bancos, para financiar a saída da crise. Estamos assistindo a aplicação dessas medidas clássicas todos os dias, registradas na imprensa. Aqui no Brasil, no centro do capitalismo e em todo mundo. Mas, como em tudo na vida, sempre há contradições. Para cada ação do capital, do governo, etc. haverá contradição, que a sociedade e os trabalhadores sentem e podem se aproveitar delas, para mudar a situação. Os períodos históricos de crises são também períodos de mudanças. Para o bem ou para o mal. Mas haverá mudanças! As crises abrem brechas e recolocam o posicionamento das classes na sociedade. No Brasil, ainda estamos apáticos, amorfos, desanimados, assistindo pela televisão a descrição dos sintomas da crise chegando aqui. Quase não houve reação ou comentários aos quase 800 mil trabalhadores que perderam seus empregos somente em dezembro de 2008. Não há comentários para a pesquisa do IPEA que identificou entre as 17 milhões de famílias pobres do Brasil do cadastro geral de benefíciários do governo, 79% deles estão desempregados! E por receberam algum beneficio não procuram mais empregos, e saem até das estatísticas. É fundamental que os setores organizados da sociedade, em todas as formas existentes, seja nas igrejas, nos sindicatos, nos colégios, escolas, universidades, na imprensa e movimentos sociais, partidos, tomemos uma atitude. E a primeira atitude é debater a natureza e as saídas para a crise, do ponto de vista dos trabalhadores e da maioria. É urgente estimularmos todo tipo de debate, em todos espaços. É louvável a iniciativa da TV educativa Paraná, de estimular esse tipo de debate público. Mas ainda é insuficiente. A crise será longa e profunda. Precisamos envolver o maior numero possível de militantes, homens e mulheres conscientes, para que debatam a situação e possamos construir coletivamente alternativas populares. E sem a mobilização e a luta social, não haverá saída para o povo. Somente para o capital. João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional do MST e da via campesina.Texto do joão pedro na revista caros amigos
A CRISE SERÁ PROFUNDA E PROLONGADA.. Passaram-se alguns meses do desencadear da crise do capitalismo a nível internacional, tendo seu epicentro no capital financeiro e na economia dos Estados Unidos. Agora já temos mais elementos para compreender de que ela será prolongada, profunda e atingirá a todas economias periféricas. Inclusive o Brasil. Muitas análises já se publicaram na academia e nos meios de comunicação. Há posições de todas as matizes e correntes ideológicas. E todas convergem no diagnóstico. É uma crise profunda, pior do que a crise de 29. Atingirá a toda economia mundial, cada vez mais internacionalizada e controlada por menos de 500 empresas. Será pior, por que combina uma crise econômica, financeira (de credibilidade das moedas), ambiental, ideológica, pela falência do neoliberalismo, e política, pela falta de alternativas apresentadas pela classe dominante, no centro ou pelos governos da periferia. Na história das crises do capitalismo, as classes dominantes, proprietárias do capital, e seus governos , adotaram um mesmo receituário para sair delas. Primeiro, precisam destruir parte do capital (super-acumulado e sem demanda) para abrir espaço a outro processo de acumulação. Nos últimos meses já foram torrados mais de 4 trilhões de dólares, em papel moeda.Segundo, apelam para as guerras. Como forma de destruir mercadorias (armas, munições, bens materiais, instalações) e como forma de eliminar a tensão social dos trabalhadores. E, de certa forma eliminam também o exercito industrial de reserva. Foi assim, na primeira e a segunda guerra mundial. E depois na guerra fria. Agora, com medo da bomba atômica, estimulam conflitos regionais. Os ataques de Israel ao povo palestino, as provocações na Índia, as ameaças ao Iran, estão dentro dessa estratégia, também. Aumentar os gastos militares e a destruição de bens.Terceiro. Aumentar a exploração dos trabalhadores. Ou seja, nas crises, baixam os salários médios, rebaixam as condições de vida e por tanto de reprodução da força de trabalho, para recuperar as taxas de mais-valia e de acumulação. Daí também, o desemprego ampliado, que mantêm multidões sobrevivendo apenas com cestas básicas, etc.. Quarto: Há uma maior transferência de capital da periferia para o centro do sistema. Isso é feito pela transferência direta das empresas para suas matrizes. Através da manipulação da taxa de cambio do dólar, do pagamento de juros e da manipulação de preços das mercadorias vendidas e compradas na periferia.Quinto. O capital volta a usar o estado, como o gestor da poupança da população para deslocar esses recursos em beneficio do capital. Por tanto, os capitalistas voltam a valorizar o estado, não como zelador dos interesses da sociedade. Mas como capataz do seus interesses , para usar o poder compulsório e assim recolher o dinheiro de todo mundo, através de impostos e da poupança depositada nos bancos, para financiar a saída da crise. Estamos assistindo a aplicação dessas medidas clássicas todos os dias, registradas na imprensa. Aqui no Brasil, no centro do capitalismo e em todo mundo. Mas, como em tudo na vida, sempre há contradições. Para cada ação do capital, do governo, etc. haverá contradição, que a sociedade e os trabalhadores sentem e podem se aproveitar delas, para mudar a situação. Os períodos históricos de crises são também períodos de mudanças. Para o bem ou para o mal. Mas haverá mudanças! As crises abrem brechas e recolocam o posicionamento das classes na sociedade. No Brasil, ainda estamos apáticos, amorfos, desanimados, assistindo pela televisão a descrição dos sintomas da crise chegando aqui. Quase não houve reação ou comentários aos quase 800 mil trabalhadores que perderam seus empregos somente em dezembro de 2008. Não há comentários para a pesquisa do IPEA que identificou entre as 17 milhões de famílias pobres do Brasil do cadastro geral de benefíciários do governo, 79% deles estão desempregados! E por receberam algum beneficio não procuram mais empregos, e saem até das estatísticas. É fundamental que os setores organizados da sociedade, em todas as formas existentes, seja nas igrejas, nos sindicatos, nos colégios, escolas, universidades, na imprensa e movimentos sociais, partidos, tomemos uma atitude. E a primeira atitude é debater a natureza e as saídas para a crise, do ponto de vista dos trabalhadores e da maioria. É urgente estimularmos todo tipo de debate, em todos espaços. É louvável a iniciativa da TV educativa Paraná, de estimular esse tipo de debate público. Mas ainda é insuficiente. A crise será longa e profunda. Precisamos envolver o maior numero possível de militantes, homens e mulheres conscientes, para que debatam a situação e possamos construir coletivamente alternativas populares. E sem a mobilização e a luta social, não haverá saída para o povo. Somente para o capital. João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional do MST e da via campesina. na revista caros amigos
A CRISE SERÁ PROFUNDA E PROLONGADA.. Passaram-se alguns meses do desencadear da crise do capitalismo a nível internacional, tendo seu epicentro no capital financeiro e na economia dos Estados Unidos. Agora já temos mais elementos para compreender de que ela será prolongada, profunda e atingirá a todas economias periféricas. Inclusive o Brasil. Muitas análises já se publicaram na academia e nos meios de comunicação. Há posições de todas as matizes e correntes ideológicas. E todas convergem no diagnóstico. É uma crise profunda, pior do que a crise de 29. Atingirá a toda economia mundial, cada vez mais internacionalizada e controlada por menos de 500 empresas. Será pior, por que combina uma crise econômica, financeira (de credibilidade das moedas), ambiental, ideológica, pela falência do neoliberalismo, e política, pela falta de alternativas apresentadas pela classe dominante, no centro ou pelos governos da periferia. Na história das crises do capitalismo, as classes dominantes, proprietárias do capital, e seus governos , adotaram um mesmo receituário para sair delas. Primeiro, precisam destruir parte do capital (super-acumulado e sem demanda) para abrir espaço a outro processo de acumulação. Nos últimos meses já foram torrados mais de 4 trilhões de dólares, em papel moeda.Segundo, apelam para as guerras. Como forma de destruir mercadorias (armas, munições, bens materiais, instalações) e como forma de eliminar a tensão social dos trabalhadores. E, de certa forma eliminam também o exercito industrial de reserva. Foi assim, na primeira e a segunda guerra mundial. E depois na guerra fria. Agora, com medo da bomba atômica, estimulam conflitos regionais. Os ataques de Israel ao povo palestino, as provocações na Índia, as ameaças ao Iran, estão dentro dessa estratégia, também. Aumentar os gastos militares e a destruição de bens.Terceiro. Aumentar a exploração dos trabalhadores. Ou seja, nas crises, baixam os salários médios, rebaixam as condições de vida e por tanto de reprodução da força de trabalho, para recuperar as taxas de mais-valia e de acumulação. Daí também, o desemprego ampliado, que mantêm multidões sobrevivendo apenas com cestas básicas, etc.. Quarto: Há uma maior transferência de capital da periferia para o centro do sistema. Isso é feito pela transferência direta das empresas para suas matrizes. Através da manipulação da taxa de cambio do dólar, do pagamento de juros e da manipulação de preços das mercadorias vendidas e compradas na periferia.Quinto. O capital volta a usar o estado, como o gestor da poupança da população para deslocar esses recursos em beneficio do capital. Por tanto, os capitalistas voltam a valorizar o estado, não como zelador dos interesses da sociedade. Mas como capataz do seus interesses , para usar o poder compulsório e assim recolher o dinheiro de todo mundo, através de impostos e da poupança depositada nos bancos, para financiar a saída da crise. Estamos assistindo a aplicação dessas medidas clássicas todos os dias, registradas na imprensa. Aqui no Brasil, no centro do capitalismo e em todo mundo. Mas, como em tudo na vida, sempre há contradições. Para cada ação do capital, do governo, etc. haverá contradição, que a sociedade e os trabalhadores sentem e podem se aproveitar delas, para mudar a situação. Os períodos históricos de crises são também períodos de mudanças. Para o bem ou para o mal. Mas haverá mudanças! As crises abrem brechas e recolocam o posicionamento das classes na sociedade. No Brasil, ainda estamos apáticos, amorfos, desanimados, assistindo pela televisão a descrição dos sintomas da crise chegando aqui. Quase não houve reação ou comentários aos quase 800 mil trabalhadores que perderam seus empregos somente em dezembro de 2008. Não há comentários para a pesquisa do IPEA que identificou entre as 17 milhões de famílias pobres do Brasil do cadastro geral de benefíciários do governo, 79% deles estão desempregados! E por receberam algum beneficio não procuram mais empregos, e saem até das estatísticas. É fundamental que os setores organizados da sociedade, em todas as formas existentes, seja nas igrejas, nos sindicatos, nos colégios, escolas, universidades, na imprensa e movimentos sociais, partidos, tomemos uma atitude. E a primeira atitude é debater a natureza e as saídas para a crise, do ponto de vista dos trabalhadores e da maioria. É urgente estimularmos todo tipo de debate, em todos espaços. É louvável a iniciativa da TV educativa Paraná, de estimular esse tipo de debate público. Mas ainda é insuficiente. A crise será longa e profunda. Precisamos envolver o maior numero possível de militantes, homens e mulheres conscientes, para que debatam a situação e possamos construir coletivamente alternativas populares. E sem a mobilização e a luta social, não haverá saída para o povo. Somente para o capital.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

E-mail recebido de Dora- Caxias do Sul- RS
Para darnos cuenta que no estamos soñando !!!
Abrazos, Dora

FSM Belem: Hablan los Presidentes
José Ramón VidalTamara Roselló
ALAI AMLATINA, 30/01/2009. Belem.- Los presidentes Evo Morales, RafaelCorrea, Fernando Lugo y Hugo Chávez se reunieron ayer 29 de enero conlos movimientos sociales en el marco del Foro Social Mundial que serealiza en Belem do Pará (Brasil) hasta el primero de febrero. Acontinuación ofrecemos un resumen de sus intervenciones.
Un cambio de época
El primero en intervenir fue Rafael Correa del Ecuador quien comenzóafirmando que este acto es una reafirmación de que estamos en un cambiode época en nuestra región y recordó cómo hace sólo diez años, en mediodel tsunami neoliberal, era impensable algo así. Como castillos denaipes cayeron los gobiernos que imponían el Consenso de Washington,consenso logrado sin la presencia Latinoamérica y que nos llevó areforzar nuestra dependencia y a empobrecer más a nuestros pueblos, expresó.
Mas adelante añadió: pero los pueblos latinoamericanos han idodespertando y nosotros, como presidentes, somos sólo el reflejo de esedespertar. Los movimientos sociales son parte nutriente de este procesoque tiene raíces históricas. Este año 2009 celebramos el bicentenario denuestra independencia de la metrópoli española y deberíamos proponernosque sea además el año de la segunda y definitiva independencia.
El presidente Correa recordó cómo estamos en medio de una crisis que esdel sistema capitalista por eso, como es sistémica, su verdaderasuperación sólo es posible con la emergencia de nuevos paradigmas.Fundamentó entonces por qué se ha propuesto como ese nuevo paradigma elSocialismo del siglo XXI, que hereda muchos elementos del socialismotradicional pero renueva todo aquello que históricamente está vencido.
Mencionó los rasgos de la nueva propuesta socialista:
La acción colectiva frente al individualismo, el egoísmo y lacompetencia desmedida. La acción colectiva dijo, tiene diferentesexpresiones, una es comunitaria pero también hay una dimensión a escalasocial y en esto es importante el rol adecuado del estado en laeconomía, sin caer en el estatismo del socialismo tradicional. Esto esimportante para ayudar a traducir la acción colectiva en resultadosconcretos.
Rescatar el papel de la planificación, entendida como proyectos comunes,como visiones compartidas que logren una sinergia dentro de los países yentre países.
Supremacía del trabajo humano sobre el capital.
Énfasis en los valores de uso y no en los valores de cambio.
Equidad social, expresada también como equidad generacional, de género yentre etnias.
Estos rasgos son compartidos en sentido general con el socialismotradicional ahora ¿en qué se diferencia esta propuesta de aquelsocialismo?, se preguntó y a continuación respondió: que no hay recetas,ni caminos únicos, que no es una propuesta estática ni dogmática, sinoque es capaz de leer los signos de los tiempos y las lecciones de lahistoria. Que se centra en la creación de mayor bienestar para todos enprimer lugar para los más pobres. Que rechaza explícitamente laviolencia y sobre todo que parte de cuestionar la concepción dedesarrollo del capitalismo, lo que no hicieron los procesos socialistasen el siglo XX que se empeñaron en competir con el capitalismo no encrear una verdadera alternativa al concepto depredador del capitalismo.La propuesta de socialismo del siglo XXI hace suya la concepción delbuen vivir o el vivir bien, que nos viene de la tradición de nuestrospueblos originarios y que significa vivir con dignidad, en armonía conla naturaleza y con respeto por todas las culturas.
Hay aquí entonces una verdadera propuesta alternativa al sistema que sederrumba. Más adelante el Presidente Correa se refirió a la necesidad deavanzar más decididamente en la integración latinoamericana comoalternativa de la región ante esta crisis global. Traer los fondos denuestros países a la región en lugar de tenerlos financiando a lospaíses ricos. Hacer funcionar cuanto antes el Banco del Sur y avanzarhacia una moneda común.
Mencionó como ejemplos positivos a UNASUR, -un mecanismo integrador queno se reduce al comercio sino que está orientado a la creación deinfraestructuras, programas energéticos, y otras formas de colaboración-y al grupo de Río, -fortalecido ahora con la presencia de Cuba y quedebe dar paso a la Organización de Estados Latinoamericanos, paradotarnos de un mecanismo político propio de la región sin lainterferencia de potencias extraregionales, a diferencia de la OEA queha quedado sin sentido porque excluye a Cuba e incluye a otros paísesque no tienen intereses, historia y tradiciones comunes con los nuestros.
Hay que estar vigilantes, hay que actuar sin demora porque aunque elneoliberalismo está en crisis van a tratar de mantenerlo vivo de algunamanera y van a intentar perpetuar nuestra dependencia, sentenció porúltimo el primer mandatario ecuatoriano.
El nuevo mundo ya es posible
Fernando Lugo, presidente de Paraguay prosiguió el intercambio conrepresentantes de los movimientos sociales reunidos en Belém de Pará,sede del Foro Social Mundial. Recordó su participación en edicionesanteriores de estos eventos, antes de llegar a la primera magistraturade su país.
Aseguró que su visión de cambio profundo no se ha modificado de entoncesacá. No se trata de un cambio que se generó en los centro de poder,afirmó. Se fue repensando, discutiendo “debajo del árbol”, en alusión auna expresión popular paraguaya.
Nuestros gobiernos progresistas estamos convencidos de que losmovimientos populares son el soporte de los cambios en la región. Esasluchas son las que han transformado a América. En Paraguay creemos enesta América Latina diferente y que nuestro país recuperará su dignidad.Queremos ser tratados de igual a igual. Dijo que no habrá descanso hastalograrlo.
La época actual exige esfuerzo creativo para edificar una sociedad muchomás justa. Pero Lugo no solo sueña con que mejore la regiónlatinoamericana sino también el norte. No es suficiente la determinacióndel recién electo presidente de los EEUU sobre el Centro de detencionesde Guantánamo. Ese territorio es de Cuba y debe devolvérsele a supueblo, puntualizó.
La integración latinoamericana fue otro de los aspectos a los que serefirió en su intervención de aproximadamente 20 minutos. Para que seagenuina tiene que venir desde abajo, de ahí la urgencia de democratizarmás nuestras sociedades para hacerlas escenarios de participación popular.
Más que a tener paciencia, el llamado del Presidente Lugo a losactivistas que participan en el Foro Social Mundial, fue a impacientarsepara derribar tantos muros y límites y construir con mayor velocidadhumana y cristiana el mundo mejor que nos merecemos y que ya está siendoreal.
Quiero que me convoquen
Cómo lo que es, un viejo compañero de luchas, habló Evo Morales a losparticipantes del Diálogo sobre la integración popular de nuestraAmérica. Pidió que no lo consideraran un invitado sino que lo convocaransiempre para seguir discutiendo y compartiendo sobre las luchas que hande seguir adelante. Recordó la etapa cuando los movimientos sociales deEcuador y Bolivia casi competían para ver quienes derribaban másgobiernos neoliberales y mencionó la etapa que hoy se vive en ambospaíses para indicar que “si somos hoy Presidentes, se los debemos austedes”. “Aquí están mis maestros en la lucha social”.
Más adelante señaló cómo en Bolivia son los movimientos sociales quienesestán garantizando las transformaciones y resaltó el triunfo del puebloboliviano con la aprobación de la nueva constitución que instituyejurídicamente los derechos por los que se ha luchado durante tantotiempo y crea las condiciones para continuar los cambios necesarios. Esaconstitución que la oligarquía nacional se juró impedir, para lo querecurrió a todas sus artimañas, pero fueron derrotados. En esa luchaaparecen nuevos enemigos y denunció el papel antipopular de la jerarquíacatólica boliviana y señaló que ante estas actitudes el cree también queotra iglesia es posible, frase que arrancó un fuerte aplauso entre losasistentes.
Mencionó cómo la nueva constitución en Bolivia establece como derechoshumanos los servicios básicos como agua, salud y educación, por lo queno podrán ser ya nunca privatizados. Señaló también el principioconstitucional que impide la presencia de bases militares extranjeras enterritorio boliviano.
Tenemos responsabilidades por la vida, la justicia, la soberanía y elplaneta tierra, para cumplir esas responsabilidades tenemos que hacermuchos cambios, pero si queremos cambiar al mundo primero tenemos quecambiar nosotros mismos, librarnos de egoísmos, ambiciones, pensar enprimer lugar en la humanidad.
Recordó la frase zapatista, mandar obedeciendo y dijo eso es lo quehacemos en Bolivia, cumplir el mandato del pueblo.
Terminó sus palabras diciendo que puede haber errores, pero notraiciones. Y repitiendo “No se olviden de mí, convóquenme siempre”.
A la orden de los movimientos sociales
La diversidad de las luchas en América Latina podría explicarse desdequienes han llegado al poder en la última década por la vía electoral.Hugo Chávez, presidente de Venezuela estrenó la nueva época de gobiernoslatinoamericanos. Diez años atrás hubiera sido impensable una reuniónentre cuatro presidentes de la región y sus movimientos sociales. Estabalejos aún la llegada a los gobiernos nacionales de un indígena, unsoldado, un sacerdote y un economista graduado en una universidad deChicago, en la nación eje del capitalismo mundial.
Ahora no solo Chávez, Lugo, Evo y Correa son invitados, convocados paraintercambiar en el FSM, sino que expresan su disposición para servirle alas causas que animan la esperanza de otra América para loslatinoamericanos.
Chávez al intervenir recordó sus orígenes comunes: somos consecuencia delas luchas populares que han parido a estos presidentes. Repasó eltiempo transcurrido desde la primera edición del FSM, en el 2001. YaVenezuela se sacudía en medio de una revolución bolivariana y sintió elrespaldo de los movimientos sociales que en el 2006 sentaron campamentoen Caracas.
Las crisis económica y ambiental no son más que consecuencias delsistema capitalista que destruye nuestras sociedades. El camino a seguires el del socialismo, dijo Chávez. Reconoció algunos de los indicadoresen los que su país ha elevado la calidad de vida de los venezolanos,como el índice de mortalidad infantil que ha descendido de 21 a 14 porcada mil nacidos vivos y la declaración de territorio libre deanalfabetismo, al igual que Cuba y Bolivia.
El presidente bolivariano envió una felicitación a la Revolución cubana,en el aniversario 50 de su triunfo y a su líder Fidel Castro, a quienllamó el padre de todos nosotros, alguien a quien lleva a flor de piel,por sus enseñanzas en la lucha de la vida. También recordó la visita deFidel, en febrero de 1999 a su toma de posesión y retomó algunas de susideas sobre la globalización neoliberal y sus nefastas consecuenciaspara nuestros pueblos, un vaticinio de la crisis mundial actual.
Se refirió a los proyectos integracionistas que toman fuerza en laregión, como el ALBA, una alianza estratégica para enfrentar el ALCA, aligual que el Tratado de Libre Comercio de los Pueblos, una iniciativa deEvo que contrarrestará los Tratados de Libre Comercio (TLC) que EEUU haimpuesto en varios países latinoamericanos. Todas estas alternativassiguen creciendo con nuevas incorporaciones y propuestas.
Chávez saludó especialmente a las mujeres y reconoció su trayectoria enlos procesos emancipadores latinoamericanos. Se despidió felicitando alos movimientos sociales por todo lo que hacen para que ese mundoposible y necesario esté naciendo ya en América Latina. Ahora es tiempode cuidarlo como a un bebé para que crezca y se multiplique.
- José Ramón Vidal y Tamara RosellóCaminos / Minga Informativa
Más información del FSM Belem en: http://alainet.org/fsm.php yhttp://www.movimientos.org/fsm2009/
Más información: http://alainet.org