sábado, 22 de agosto de 2009

CARTILHA SOBRE ALIMENTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS

Colaboração de José Cordeiro- Fortaleza /CE
O Ministério da Agricultura lançou uma cartilha informando sobre os benefícios de alimentos livres de agrotóxicos e sobre a questão dos produtos transgênicos que "colocam em risco a diversidade de variedades que existem na natureza". Porém a distribuição da refertida cartilha está suspensa. A indústria dos alimentos transgênicos (Monsanto), entrou com uma ação que impede a distribuição. A cartilha foi ilustrada pelo Cartunista Ziraldo e ainda é possivel encontrá-la no site:
http://www.aba- agroecologia. org.br/aba2/ images/pdf/ cartilha_ ziraldo.pdf .
Vamos fazer nossa parte e divulgar!

BRASIL LIDERA USO MUNDIAL DE AGROTÓXICOS

Artigo enviado por José Cordeiro - Fortaleza/CE
UISINOS7/8/2009 Brasil lidera uso mundial de agrotóxicos
O Brasil, segundo estudo da consultoria alemã Kleffmann Group, é o maior mercado de agrotóxicos do mundo. O levantamento foi encomendado pela Associação Nacional de Defesa de Vegetal (Andef), que representa os fabricantes, e mostra que essa indústria movimentou no ano passado US$ 7,1 bilhões, ante US$ 6,6 bilhões do segundo colocado, os Estados Unidos. Em 2007, a indústria nacional girou US$ 5,4 bilhões, segundo Lars Schobinger, presidente da Kleffmann Group no Brasil. O consumo cresceu no País, apesar de a área plantada ter encolhido 2% no ano passado.A reportagem é de Paula Pacheco e publicada pelo portal do jornal O Estado de S. Paulo, 06-08-2009.Apesar do grande volume de recursos movimentados pela indústria no mercado brasileiro, o consumo por hectare ainda é pequeno em relação a outros países. De acordo com o levantamento, o gasto do produtor brasileiro com agrotóxico ainda é pequeno, se comparado a outros países. Em 2007, gastou-se US$ 87,83 por hectare. Na França, os produtores desembolsaram US$ 196,79 por hectare, enquanto no Japão a despesa foi de US$ 851,04. Por esse motivo, o presidente da consultoria acredita que a tendência nos próximos anos é que o Brasil se estabilize na primeira colocação no consumo de agrotóxico.O Brasil leva vantagem na pesquisa por se tratar de um país com grande área cultivada e também pelo tamanho da produção que sai do campo. "O País é o grande produtor de alimentos do mundo, lidera praticamente em todos os produtos agropecuários", comenta Ademar Silva, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).Para Schobinger, o aumento do consumo de agrotóxico traz vantagens ao País. "Dessa forma, é possível aumentar o ganho de produtividade. O uso desses produtos facilita o controle de pragas a que estamos mais expostos por sermos um país tropical", explica.NOVAS PRAGASEm parte, o aumento do uso de agrotóxico tem a ver com o surgimento de pragas. Até seis anos atrás, cita o executivo da Kleffmann, não se falava, no Brasil, da ferrugem da soja. Para combater as pragas, a indústria corre atrás de pesquisas e lança produtos no mercado. "O aumento tem a ver também com o crescente uso de tecnologias no campo. Quanto mais avançado o sistema produtivo, maior o consumo de agrotóxico. Neste momento é importante fazer um balanço da relação entre risco e benefícios do seu uso", diz Luís Rangel, coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura.Segundo Schobinger, há evolução não apenas no combate a novas pragas, mas nas diferentes formas de usar o agrotóxico. No Brasil, tem crescido ano a ano a utilização nas sementes, em substituição à pulverização das lavouras, o que costuma causar mais danos aos trabalhadores e ao ambiente.Apesar do uso crescente de agrotóxicos no País, a relação com os produtores continua difícil, segundo o presidente da Famato. "Os preços só caíram cerca de 30% na safra de verão porque os Estados Unidos, grande mercado para essa indústria, estão em crise e é preciso desovar a produção. Além disso, tivemos duas safras muito ruins por aqui nos últimos anos e a situação do produtor ficou mais delicada", diz Silva.Ele acredita que a lua de mel deve durar pouco. "Basta o mercado internacional se recuperar para os preços subirem novamente. A indústria tem esse poder. É ela quem faz o preço."Na opinião de Luiz Cláudio Meirelles, gerente geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a liderança brasileira preocupa. "São substâncias tóxicas que são objeto de ação regulatória no mundo. No Brasil, temos dificuldade de ação de controle, falta de recursos humanos e falta de laboratórios, enquanto a velocidade de consumo avança", detalha. Atualmente, há cerca de 450 ativos usados na produção de agrotóxicos registrados na Anvisa e os pedidos para a concessão de mais licenças não param de chegar.No início da semana, representantes de 64 indústrias asiáticas, a maioria chinesa, se reuniu em São Paulo para conhecer melhor as regras do mercado interno. Foi a terceira edição da feira China-Brazil AgroChemShow.A segunda maior fabricante de glifosato do mundo, a chinesa Fuhua, planeja mandar para o Brasil 30% das suas exportações a partir do ano que vem, quando espera já ter os registros da Anvisa para três produtos .

UMA SILVA SUCESSORA DE UM SILVA?

Artigo enviado por Dora Milicich - Caxias do Sul/RS

Leonardo Boff
Teólogo
Uma Silva sucessora de um Silva?

Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte. Tal posição me confere a iberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos.

De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder. Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político e isso parece ser sem retorno. Não conseguiu escapar da lógica macro-econômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas. Mas introduziu uma transição de um estado privatista e neoliberal para um governo republicano e social que confere centralidade à coisa pública (res publica), o que tem beneficiado vários milhões de pessoas. Tarefa primeira de um governante é cuidar da vida de seu povo e isso Lula o fez sem nunca trair suas origens de sobrevivente da grande tribulação brasileira.

Depois de oito anos de governo se lança a questão que seguramente interessa à cidadania e não só ao PT: quem será seu sucessor? Para responder a esta questão precisamos ganhar altura e dar-nos conta das mudanças ocorridas no Brasil e no mundo. Em oito anos muita coisa mudou. O PT foi submetido a duras provas e importa reconhecer que nem sempre esteve à altura do momento e às bases que o sustentam. Estamos ainda esperando uma vigorosa autocrítica interna a propósito de presumido “mensalação”. Nós cidadãos não perdoamos esta falta de transparência e de coragem cívica e ética.

Em grande parte, o PT virou um partido eleitoreiro, interessado em ganhar eleições em todos os níveis. Para isso se obrigou a fazer coligações muito questionáveis, em alguns casos, com a parte mais podre dos partidos, em nome da governabilidade que, não raro, se colocou acima da ética e dos propósitos fundadores do PT.

Há uma ilusão que o PT deve romper: imaginar-se a realização do sonho e da utopia do povo brasileiro. Seria rebaixar o povo, pois este não se contenta com pequenos sonhos e utopias de horizonte tacanho. Eu que circulo, em função de meu trabalho, pelas bases da sociedade vejo que se esvaziou a discussão sobre “que Brasil queremos”, discussão que animou por decênios o imaginário popular. Houve uma inegável despolitização em razão de o PT ter ocupado o poder. Fez o que pôde quando podia ter feito mais, especialmente com referência à reforma agrária e à inclusão estratégica (e não meramente pontual) da ecologia.

Quer dizer, o sucessor não pode se contentar de fazer mais do mesmo. Importa introduzir mudanças. E a grande mudança na realidade e na consciência da humanidade é o fato de que a Terra já mudou. A roda do aquecimento global não pode mais ser parada, apenas retardada em sua velocidade. A partir de 23 de setembro de 2008 sabemos que a Terra como conjunto de ecosissitemas com seus recursos e serviços já se tornou insustentável porque o consumo humano, especialmente dos ricos que esbanjam, já psssou em 40% de sua capacidade de reposição.

Esta conjuntura que, se não for tomada a sério, pode levar nos próximos decênios a uma tragédia ecológicohumanitária de proporções inimagináveis e, até pelo final do século, ao desaparecimento da espécie humana. Cabe reconhecer que o PT não incorporou a dimensão ecológica no cerne de seu projeto político. E o Brasil será decisivo para o equilíbrio do planeta e para o futuro da vida.

Qual é a pessoa com carisma, com base popular, ligada aos fundamentos do PT e que se fez ícone da causa ecológica? É uma mulher, seringueira, da Igreja da libertação e amazônica. Ela também é uma Silva, como Lula. Seu nome é Marina Osmarina Silva.

Leonardo Boff é autor do livro Que Brasil queremos? Vozes 2000.

Petropolis, 15 de agosto de 2009.

ELEIÇÃO - Autor: Antonio Almeida - Poeta e Ex-jacista da Paraíba

De quatro para quatro anos
O eleitor tem que exercer
O direito de cidadão
Cumprindo com seu dever
E os representantes do povo
Para o poder eleger

E assim vai se elegendo
Governo e mais governos
Deputados e senadores
Que vão surgindo a esmo
Depois de eleitos eles
Cometem os mesmos erros

A intenção do eleitor
Na hora que vai votar
É eleger um candidato
Que seja mais exemplar
E nossa sociedade
Para melhor possa mudar

As falcatruas no poder
Chama a atenção do povo
Que vai desacreditando
No político velho ao mais novo
É que eles estão brincando
Com a consciência do povo

Descobre se as falcatruas
As C. P. I’s são formadas
Fazem as investigações
E descoberto a bagunçadas
E os políticos corruptos
Já não sofre quase nada





Mais por quem as C P I’ s
São formadas oh eleitor
Formadas por deputados
E também por senador
É defici descobrir
Quem na corrupção entrou

Eles criam as CPI’s
Mais quase não vale nada
Os depoimentos dados
Mais parece de fachada
E assim as C P I’s
Termina em pizzarada

Eu era uma criança
Quando ouvia dizer
Que o governo então ia
A reforma agrária fazer
Estou de cabelos brancos
E nada vi acontecer

Isto já esta se tornando
Um desrespeito ao povo
Ao eleitor que vota
Para ter um país novo
E os políticos jogando
A nação num novo jogo

O eleitor terá mais
Que usar sua razão
Ele precisa votar
Por um motivo ou razão
Comparecendo as urnas
No dia da eleição










Não podemos acreditar
Em tudo que escutamos
Um político aparece
Ao o outro difamando
Quando ele tem um passado
Que nos vai envergonhando

Temos que ver o político
Que cumpre com seu valor
Ao lado dos mais humildes
E por mudança lutou
E tenha honrado o voto
Que lhe deu cada eleitor

Não é defici eleitor
Para você conhecer
O bom ou o mau político
Querendo se reeleger
Veja dentro do mandato
O que ele vive a fazer

Não da para confiar
Em político de fachada
Que de quatro em quatro anos
Aparece nas paradas
Como um vaqueiro que volta
Para juntar a boiada

Há o político sem ética
Sem escrúpulo e sem pudor
Procurando enganar
Ao inconsciente eleitor
Quatro anos de mandato
E um projeto não apresentou









Também existe o político
Com bons serviços prestados
Apresentando projetos
Com caráter e respeitado
Quando alguém cai na injustiça
Ele esta do seu lado

Não se apegue ao partido
Para não se enganar
Porque cada partido
Sujeito ele estar
Que um dia alguém de dentro
Possa seu nome manchar

A política esta cheia
De mau caratê e corrupção
A justiça tem que ouvir
Do povo a vos da razão
Até chegar a vós corruptos
E fazer a punição

Assim em cada eleição
Vai ficando mais complicado
São tantos os candidatos
Que nos deixa embalharado
Para escolher o político
Que der conta do recado

Portanto caro eleitor
Peça que Deus lhe ajude
Use sua consciência
Seu voto é sua virtude
Vote no melhor político
Querendo que o país mude