quinta-feira, 3 de junho de 2010

URGENTE: PAGAMENTO DA 1ª PARCELA DA HOSPEDAGEM DO VI ENEJAC

Prezados(as) Colegas Ex-jacistas,
Os preparativos para a realização do VI ENEJAC, no período de 07 a 12 de setembro de 2010, em Fortaleza - CE, "andam de vento em popa". Expressão popular que significa dizer que tudo corre bem; que todas as providências caminham no melhor dos sentidos.
Estamos nos aproximando do dia 10 de junho, data do pagamento da primeira parcela da hospedagem. Alguns colegas ja efetuaram o depósito correspondente no valor de R$ 175,00 e outros ainda não se manifestaram. Lembramos que o pagamento da primeira parcela significa a confirmação da participação no referido encontro,como também a garantia de vaga no hotel.
Fiquem atentos aos prazos e preparem os corações para muita emoção, pelo reencontro com os amigos e pelo prazer de conviver com a hospitalidade dos cearences e a beleza do Ceará.Com um abraço, de José Alaí.Vejam a seguir maiores informações sobre o valor e condições da hospedagem.

Hospedagem e condições de pagamento:
- Pacote com 05 diárias com café da manhã, incluso 04 almoços e 04 jantares no hotel;
- Preço: R$ 700, 00 por pessoa, em 04 parcelas de R$ 175,00; - Condições de pagamento:
03 depósitos bancários no valor de R$ 175,00, nos meses de Junho, Julho e Agosto na, Caixa Econômica, Agência 633 Conta Poupança 13 19409-7, em nome de José Alaí de Souza (até o dia 10 de cada mês);
- Em Setembro: pagamento da última parcela de R$ 175,00 por ocasião da chegada ao hotel;
- Cópia dos comprovantes de depósito deverão ser enviadas via fax (84)3234.4868) ou através do e-mail josealai@ig.com.br ou pelo correio para José Alaí de Souza – Rua Barão de Curumataú, 2224, apto 301 – Lagoa Nova – Natal/RN – CEP 59.063-130.

E-mail encaminhado por Dora - Caxias do Sul/RS

A saudade do servo na velha diplomacia brasileira
Leonardo Boff *
O filósofo F. Hegel em sua Fenomenologia do Espírito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do servo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o servo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de servo. A mesma dialética identificou Paulo Freire na relação oprimido-opressor em sua clássica obra Pedagogia do oprimido. "Com humor comentou Frei Betto: "em cada cabeça de oprimido há uma placa virtual que diz: hospedaria de opressor". Quer dizer, o oprimido hospeda em si o opressor e é exatamente isso que o faz oprimido". A libertação se realiza quando o oprimido extrojeta o opressor e ai começa então uma nova história na qual não haverá mais oprimido e opressor, mas o cidadão livre.
Escrevo isso a propósito de nossa imprensa comercial, os grandes jornais do Rio, de São Paulo e de Porto Alegre, com referência à política externa do governo Lula no seu afã de mediar junto com o governo turco um acordo pacífico com o Irã a respeito do enriquecimento de urânio para fins não militares. Ler as opiniões emitidas por estes jornais, seja em editoriais seja por seus articulistas, alguns deles, embaixadores da velha guarda, reféns do tempo da guerra-fria, na lógica de amigo-inimigo é simplesmente estarrecedor. O Globo fala em "suicídio diplomático" (24/05) para referir apenas um título até suave. Bem que poderiam colocar como sub-cabeçalho de seus jornais: "Sucursal do Império", pois sua voz é mais eco da voz do senhor imperial do que a voz do jornalismo que objetivamente informa e honestamente opina. Outros, como o Jornal do Brasil, têm seguido uma linha de objetividade, fornecendo os dados principais para os leitores fazerem sua apreciação.
As opiniões revelam pessoas que têm saudades deste senhor imperial internalizado, de quem se comportam como súcubos. Não admitem que o Brasil de Lula ganhe relevância mundial e se transforme num ator político importante como o repetiu, há pouco, no Brasil, o Secretário Geral da ONU, Ban-Ki-moon. Querem vê-lo no lugar que lhe cabe: na periferia colonial, alinhado ao patrão imperial, qual cão amestrado e vira-lata. Posso imaginar o quanto os donos desses jornais sofrem ao ter que aceitar que o Brasil nunca poderá ser o que gostariam que fosse: um Estado-agregado como é Hawai e Porto-Rico. Como não há jeito, a maneira então de atender à voz do senhor internalizado, é difamar, ridicularizar e desqualificar, de forma até antipatriótica, a iniciativa e a pessoa do Presidente. Este notoriamente é reconhecido, mundo afora, como excepcional interlocutor, com grande habilidade nas negociações e dotado de singular força de convencimento.
O povo brasileiro abomina a subserviência aos poderosos e aprecia, às vezes ingenuamente, os estrangeiros e os outros povos. Sente-se orgulhoso de seu Presidente. Ele é um deles, um sobrevivente da grande tribulação, que as elites, tidas por Darcy Ribeiro como das mais reacionárias do mundo, nunca o aceitaram porque pensam que seu lugar não é na Presidência mas na fábrica produzindo para elas. Mas a história quis que fosse Presidente e que comparecesse como um personagem de grande carisma, unindo em sua pessoa ternura para com os humildes e vigor com o qual sustenta suas posições.
O que estamos assistindo é a contraposição de dois paradigmas de fazer diplomacia: uma velha, imperial, intimidatória, do uso da truculência ideológica, econômica e eventualmente militar, diplomacia inimiga da paz e da vida, que nunca trouxe resultados duradouros. E outra, do século XXI, que se dá conta de que vivemos numa fase nova da história, a história coletiva dos povos que se obrigam a conviver harmoniosamente num pequeno planeta, escasso de recursos e semi-devastado. Para esta nova situação impõe-se a diplomacia do diálogo incansável, da negociação do ganha-ganha, dos acertos para além das diferenças. Lula entendeu esta fase planetária. Fez-se protagonista do novo, daquela estratégia que pode efetivamente evitar a maior praga que jamais existiu: a guerra que só destrói e mata. Agora, ou seguiremos esta nova diplomacia, ou nos entredevoraremos. Ou Hillary ou Lula.
A nossa imprensa comercial é obtusa face a essa nova emergência da história. Por isso abomina a diplomacia de Lula.
[Leonardo Boff, junto com Mark Hathaway, escreveu o livro The Tao of Liberation. Exploring the Ecology of Transformation, N.Y. 2009].

* Teólogo, filósofo e escritor