NOSSA HOMENAGEM A MARIA DO CARMO DA COSTA OLIVEIRA (PIO)
“Todo aquele, portanto, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos Céus (Jesus Cristo, Mt 10, 32).
Maria do Carmo da Costa Oliveira, esposa de José Cordeiro de Oliveira. Mãe de Ricardo (in memeriam), Juliano e Alexandre. Sobrenome antes do casamento: Pio. Após o civil, o casamento religioso foi celebrado por dom Miguel Fenelon Câmara, na Catedral Metropolitana de Fortaleza (1973).
Nasceu a 6 de março de 1945, em Precabura – Aquiraz, atual Eusébio-Ce. Partiu para a Casa do Deus Pai Todo Poderoso em 27 de novembro de 2009.
Filha de Maria de Lourdes da Costa e Elesbão Pio da Costa. Irmã de Maria Pio, Anita, Nilo, Juvenal (in memoriam), De Jesus (in memoriam) e Eulino.
Formada em Ciências Sociais, Bacharelato em Sociologia, UFC/1980. Pós-graduada em Capacitação de Recursos Humanos/MEC, 1989 e Gestão Ambiental e Turismo Ecológico/UECE, 2004.
Atuação Social e Profissional
Uma de suas últimas leituras: “As dificuldades que surgem no relacionamento sempre são sinais de algo que não foi cuidado” (Livro Criando União, p. 69).
- Dedicou-se à evangelização dos adolescentes e jovens (Juventude Agrária Católica – JAC).
- Supervisora e Coordenadora do Movimento de Educação de Base – MEB e da Equipe de Assessoria às Comunidades Rurais - EACR/CÁRITAS da Arquidiocese de Fortaleza (1973/1986).
- Presidenta e Técnica da ONG HOJE Assessoria em Educação (1987/1994).
- Coordenadora da pesquisa Cotidiano das Mulheres Pobres do Meio Rural Cearense (1994).
- Coordenadora da ONG Centro de Aprendizado Agroecológico – CAA (1995/2009).
- Membro do Comitê de Bacias Metropolitanas (2004).
- Membro do Grupo de Trabalho – GT de Desertificação (2004).
- Membro do Fórum Cearense Pela Vida no Semi – Árido (2004).
- Coordenadora de Cursos de Formação de Jovens Agricultores Familiares, convênio do Centro de Aprendizado Agroecológico – CAA com o Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA (2002/2004) e Missão Franciscana (Alemanha/2007).
- Presidenta e sócia fundadora do Instituto Maria de Lourdes (2006/2009).
- Representante Titular do Instituto Maria de Lourdes nos Conselhos Municipais do Meio Ambiente, da Criança e do Adolescente, do Idoso e da Assistência Social (Eusébio, 2009).
Um Exemplo de Vida
Do texto lido na Missa (27/11/2009): “Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo” (A Morte não é Nada, de Santo Agostinho).
Depoimentos de amigos, familiares e de pessoas das comunidades onde atuou:
“Compromissada com a problemática social e ambiental”
“Lutou pela preservação da Lagoa da Precabura”
“Lutou pela construção da igreja católica da Precabura”
“Amante da natureza, defensora da agroecologia e da segurança alimentar”
“Cuidadora dos filhos, do esposo, dos pobres, dos jovens, das crianças”
“Tinha um amor especial pelos seus irmãos e pelas suas irmãs, pelos primos, pelos sobrinhos”
“O trabalho de memória social e histórica a partir dos mais velhos e dos pescadores era uma prioridade sua; ouvir o que os mais velhos tinham para contar e trazer tudo isso para a escola e a comunidade era o que ela mais desejava”
“Ela dizia que povo sem história é povo sem raiz. E mais: trabalhar a cultura para vencer o medo e conquistar a cidadania deve ser uma ação permanente”
“Ela amava as plantas, os pássaros, os animais”
“Uma mulher guerreira, corajosa, otimista, serena, ponderada, forte”
“Ela não conhecia a tristeza: sempre encorajou as pessoas a superar dificuldades e problemas”
“Suas músicas prediletas: Caderno (Toquinho), Rancho das Flores (interpretada por Fagner), Planeta Água (Guilherme Arantes), Pachamama (Malvezzi - Gogó), Ciranda da Excelência / Paz Seria (Valter Pini), Vida de Viajante (Luz Gonzaga), Hino do Estado do Ceará no ritmo dos Índios Tremembé
“Seu maior sonho: Que o Instituto Maria de Lourdes continue realizando parcerias com as políticas públicas para dignificar a vida das crianças e dos jovens”
“Do Carmo era uma pessoa alegre, gostava da alegria”
“A vida é dura, mas a Maria do Carmo só deixou coisas boas para serem lembradas”
“Do Carmo amava a simplicidade e as pessoas sinceras”
“Pra tudo tem jeito, dizia a Pio”
“Ela sabia valorizar o que você tinha e tem de melhor. Ela era uma parteira das coisas boas que habitam nas pessoas”.
Uma de suas últimas leituras: Lista de coisas que podem destruir o mundo: política sem princípios, progresso sem compaixão, riqueza sem trabalho, erudição sem silêncio, religião sem ousadia e culto sem convicção (Livro Sabedoria de Um Minuto, p. 224).