Mais de 35 mil vão às ruas fundar novo movimento de esquerda na Colômbia
Mais de 1.700 organizações representativas da sociedade civil da Colômbia foram às ruas nesta segunda-feira (23) para oficializar a criação da Marcha Patriótica, um novo movimento de esquerda que tem como principais reivindicações a reforma agrária e o fim do conflito armado.Cerca de 35 mil pessoas, em sua maioria famílias de camponeses, indígenas e estudantes foram à Bogotá para participar da Marcha. O grupo conta com apoio de ONGs como Colombianos Soy Yo, dirigido pela ex-senadora Piedad Córdoba e de entidades estrangeiras, como o PCB (Partido Comunista Brasileiro).
David Flores, um dos dirigentes do movimento, afirmou que a Marcha é uma alternativa apresentada pela sociedade colombiana ao modelo neoliberal. “Não somos um partido, mas queremos construir uma plataforma, um modelo alternativo político e social”, ressaltou Flores.
Além de colombianos, participam da Marcha cem representantes de movimentos sociais de outros países, como Brasil, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Dinamarca, Grécia, Estados Unidos e Espanha.
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Presidente da Bolívia reestatiza divisão de companhia elétrica espanhola
Horas após anunciar que o governo da Bolívia iria retomar o controle acionário da TDE, empresa boliviana de distribuição de energia, militares, policiais e partidários do presidente Evo Morales ocuparam os escritórios de sua proprietária, a companhia espanhola REE (Rede Elétrica Espanhola).O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (01/05) durante um ato em homenagem ao Dia do Trabalho. Na ocasião, disse que a reestatização era uma “justa homenagem aos trabalhadores e ao povo boliviano, que lutou pela recuperação dos recursos naturais e dos serviços básicos”.
O decreto assinado hoje estabelece a "nacionalização" da "totalidade das ações que formam o pacote acionário da sociedade Rede Elétrica Internacional-SAU", filial da REE. O documento também instrui seu registro em nome da estatal ALI, Empresa Nacional de Eletricidade.
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“Solidariedade do MST com Argentina representa o apoio do povo”, afirma diplomata portenho
Na semana em que se mobilizaram em Brasília por Reforma Agrária e pelo fim da impunidade no campo, os cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais Sem Terra acampados na capital federal também levaram seu apoio e solidariedade às iniciativas do governo argentino em defesa da soberania de seu povo. No dia 16 deste mês (abril/2012), a presidenta Cristina Kichner anunciou que o governo encaminhou projeto de lei ao Congresso Nacional estabelecendo a expropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF. Durante o ato, que aconteceu na sexta-feira,20 de abril, uma comitiva do MST foi recebida pelo ministro da embaixada, Fernando Brun.“Somos um processo histórico, herdeiros de lutas travadas por San Martin, Bolívar, Martí, e em todas elas há um elemento fundamental: a construção da “pátria grande”, a pátria latino-americana. O Norte sempre tentou nos afastar disso, mas sempre nasce em cada momento histórico uma luz de integração popular. Hoje há uma possibilidade real de integração dos países que estão na ALBA, na CELAC, para que possamos ter uma integração real, popular, que ninguém consegue deter quando acontece”, afirmou Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST, para quem a nacionalização deveria ser exemplo para o governo brasileiro. “Os recursos naturais são de vocês e são vocês quem têm de cuidar deles, da forma que acharem melhor. Esse exemplo do governo argentino e de seu povo nos faz acreditar que o sonho da integração popular é possível. A presidenta Dilma deveria fazer o mesmo”, defendeu.
“Quero agradecer o apoio do MST ao processo de nacionalização da companhia YPF. Os países e os povos latino-americanos deixaram bem claro qual é a meta da integração: uma integração entre governos, mas que seja diretamente relacionada com a dimensão social e que promova a integração entre os povos. Vocês têm meu compromisso de que as palavras de apoio do MST serão transmitidas à presidente Cristina. Essa solidariedade dos grupos sociais representa muito num momento como esse, porque representa o apoio do povo, mais do que de um governo. De coração, muito obrigado”, disse o diplomata, que também mencionou a necessidade de integração dos povos sul-americanos em defesa da soberania das Ilhas Malvinas.
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